segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Filhos do Brasil, o retorno!

Parte do elenco do musical posando sorridente para foto após apresentação.

A primeira temporada foi um sucesso! E, pra quem perdeu em Dezembro, esta é a chance! Mais animados que nunca, os atores da turma Mix Menestréis retornaram ontem aos ensaios para a segunda temporada do musical Filhos do Brasil, de Oswaldo Montenegro, sob a direção de Deto Montenegro. A tarde de ontem foi a hora de reencontrar os amigos de palco, matar um pouquinho das saudades e recordar todas as falas, movimentos, músicas. E até que a gente, depois de mais de um mês de férias, não fez feio com a memória! Então, eu, meus colegas de apagão, os cadeirudos, e a galerinha sem deficiência (aparente... hehehe), enfim, a turma mais animada desse país espera vocês lá nos próximos fins de semana!

Dias 5, 6, 12 e 13 de Fevereiro, sábados às 21h e domingos às 20h, no teatro Dias Gomes, rua Domingos de Moraes, próximo ao metrô Ana Rosa. Ingressos antecipados comigo a R$20,00 (vinte reais) e na hora a R$50,00 (cinqüenta reais) ou meia pra estudantes. Então garanta o seu ingresso antecipadamente!

E o Boca no Mundo vai dar uma forcinha e oferecer um par de cortesias à primeira pessoa que escrever para sarabentes@yahoo.com.br, respondendo a pergunta: Que camisa eu vestia na primeira vez em que pisei o palco dos Menestréis, antes mesmo de saber que peça montaríamos? Olha, minha gente, mais moleza que isso, senta no pudim!

Para a galera de Volta Redonda e redondezas, ainda tem lugar na van que levará uma turma para assistir ao espetáculo do dia 12, sábado. Mais informações, ligue para (24)9948-4030.

Venham viver com os filhos do Brasil muita música, dança, poesia, boas risadas e fortes emoções! Nos encontramos lá!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A Repórter Voadora!

Equipe Telelibras confere acessibilidade do turismo de aventura na cidade de Socorro

Acessibilidade, o pleno ir e vir de qualquer pessoa, independente de sua maneira de se locomover e de estar no mundo, em todos os espaços. Um sonho impossível? A cidade de Socorro, interior de São Paulo, vem mostrar que não. Conhecida há muito pelo seu forte turismo de aventura, a cidade agora se tornou referência nacional em acessibilidade. Seja no comércio, no setor hoteleiro, nas ruas, nos parques e outros pontos turísticos, Socorro preparou todos os seus espaços e profissionais para receber pessoas com todo tipo de deficiência. O investimento pode ter sido grande, mas o retorno, eles garantem, é muito maior! Por ser uma referência e ganhar mídia espontânea, o lugar acaba conquistando prestígio geral e recebendo muito mais público do que recebia antes, um crescente público de pessoas com e sem deficiência. E mesmo a topografia montanhosa da região, que dificulta ainda mais alguns acessos, foi uma barreira transposta e a empreitada de tornar a cidade plenamente acessível foi um sonho realizado com sucesso, e ainda com planos de crescer; em breve o paraquedismo será implantado na cidade e também fará parte do circuito turístico. Para o nosso país ver que é só uma questão de inteligência, planejamento e visão no futuro.

Eu e o Telelibras, é claro que fomos até lá conferir, e estou compartilhando com vocês, de bandeja, um trecho de uma das matérias que gravamos na cidade. O vídeo também é completamente acessível, e conta com os recursos da interpretação na língua de sinais, e da Audiodescrição. Quem ainda não conhece estes recursos, que, felizmente estão crescendo em nosso país e no mundo, aproveite para se inteirar. Só lembrando que o Telelibras ainda não possui recursos suficientes para contratar dublês, portanto a mesma repórter que fala é a mesma repórter que voa! Menina maluca... :-o Curtam e divulguem!

http://www.youtube.com/watch?v=RnMMuUI9E8Q

Sara Bentes, a repórter voadora


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Reveillon no banheiro

Passagem de ano. Muita alegria, muita comilança, muita celebração pela chegada de um novo ciclo, muita comemoração por uma oportunidade a mais de realizarmos o que não demos conta ano passado, muita festa, muito foguetório; que maravilha! Sempre curti tudo isso, exceto a parte do foguetório. Lembro do meu falecido cachorrinho, o Petit, no quanto ele sofria com o barulho, e penso em todos os cachorrinhos e pássaros do mundo; penso na imprudência das pessoas e nos tantos acidentes com o manuseio dos foguetes. Mas este ano algo a mais me fez odiar esta maneira de comemoração e me comoveu profundamente: um amigo antigo da família passou uma hora fechado no banheiro de casa com o filho tentando protegê-lo do som do foguetório da virada. Por conta de uma falta de oxigenação no cérebro durante o parto, seu filho, hoje adolescente, tem limitações que tornam diferente o funcionamento de seu corpo e de seu intelecto, e o estouro dos foguetes o deixa à beira de um colapso nervoso, provocando desespero, saltos involuntários de seu corpo e um quase transe. Todo ano é a mesma coisa. Os vizinhos já sabem, já foram gentilmente abordados pelo pai e ouviram seu pedido de que se lembrassem de seu filho e maneirassem um pouco na quantidade dos foguetes, mas um ano se passa e é o suficiente para novamente eles se esquecerem. Será que ainda demora muito para a gente por em prática, mesmo em momentos de aparente alegria coletiva, aquela velha máxima sobre a minha liberdade terminar quando começar o seu espaço? A gente chega em casa, feliz da vida, comemorando qualquer pequena vitória particular, e estaciona o carro com a nossa música preferida rolando bem alto. Paramos em frente à nossa própria casa, mas sem lembrar que na casa ao lado ou em frente pode estar dormindo uma mãe que virou a madrugada tentando acalmar a febre do filho. Tudo bem, a gente entra em casa e então deixa pra ouvir música alta lá dentro. O que fazemos dentro de casa fica entre quatro paredes e é problema nosso com nossa consciência, acontece que o som não vê paredes e voa, muitas vezes mais longe do que imaginamos. Que sons a gente tem produzido em nossa casa? Seja estouro de foguete, seja grito, seja televisão alta, seja a música que for, pode estar enlouquecendo alguém. Que sons estamos produzindo no mundo? Como se já não bastasse a conturbada paisagem sonora da cidade, com o trânsito, com os locutores de loja, com os carros de som, com as britadeiras nas obras, ainda vem a gente buzinando impaciente para o carro da frente, tentando aos berros se fazer ouvir pelo interlocutor do outro lado da linha desse celular que funciona cada vez pior, mostrando a todo mundo na rua como o som do carro é potente. A música pode até ser boa, mas alta, no meio da barulheira, vira só mais um ruído pra poluir. E se for então um daqueles funks de letras violentas e obcenas, desfilando em alto e bom som nos auto-falantes dos carros, piorou, nem a categoria de poluente sonoro merece este tipo de agressão que, na minha opinião, é tão perigoso e nocivo quanto um ato de atentado ao pudor.

O antigo império chinês avaliava o governo, a harmonia e o bem estar de um povo por meio da música e da qualidade do som que este povo produzia. Aplicando o método no Brasil, eu diria que, a julgar pela música que temos ouvido nas ruas e pelo que temos permitido em nossa paisagem sonora, somos uma nação surda... tão incapaz de escutar quanto os vizinhos que não assimilam o pedido de um pai que sofre junto com seu filho durante os estouros do foguetório. Um ano de maravilhosos sons e músicas a todos nós, e que não nos enlouqueçam os sons que ouvimos sem querer e nem nos ensurdeçam mais os sons que fingimos não ouvir.

domingo, 9 de janeiro de 2011

No Forno

Escolhemos a dedo cada um dos integrantes da equipe, reunimos todos os ingredientes, calculamos bem as medidas, acrescentamos as devidas doses de dedicação, paciência e muito amor. Agora é aquele momento em que, com muito cuidado, misturamos tudo, com a alegria de já começar a ver tomar forma, de já sentir o cheirinho bom do prato, experimentar uma colheradinha aqui, uma beiradinha ali, para verificar o tempero e acrescentar o que for necessário. Terminando esta fase, tão fundamental quanto as outras, é hora de levar ao forno, e então estará pronto para apreciação o CD infantil FAZ SEMPRE SOL! Pois é, queridos, já estamos mixando o CDzinho mais esperado do ano, o primeiro registro do trabalho infantil da carreira de todos nós, músicos e compositores envolvidos, que nasceu da união de um projeto antigo de meu pai, Sergio Bentes, e do show “Onde é que foi parar?”, apresentado por nós ano passado. Há um tempinho, contei aqui no Boca como tudo começou. Pra quem esteve no show, conto que as músicas preferidas do público estão no CD, além de algumas composições mais antigas que não entraram no show e de uma música nova, nascida em mim exatamente no dia do show. Os músicos que participam dessa festa e assinam também os arranjos somos Sara Bentes, Bianco Marques, Sergio Bentes, Fred Portilho, Adelmo Machado, Júnior Andrade e Ronaldo Gonçalves; as vozes principais são a minha e do Bianco; as composições são assinadas por mim, Sergio Bentes, Bianco Marques, Elisa Carvalho e Wolney Rocha.

Enquanto esperamos, e cruzamos os dedinhos pra que o prato seja servido o mais rápido possível, vamos nos divertindo com um resumo em vídeo do show e com a aclamada História do Ponto, de Bianco Marques, na íntegra. Crianças pequenas e crescidas, aproveitem!


Os músicos Adelmo Machado e Fred Portilho (percussão), Bianco Marques (teclado e voz), Sérgio Bentes (contrabaixo e voz) e Sara Bentes (cantando, de pé no centro do palco), em apresentação do show “Onde é que foi parar?”