sexta-feira, 29 de julho de 2011

Filhos do Brasil, último dia!

Pessoal!! Já a caminho de São Paulo para a última apresentação do musical Filhos do Brasil, passo aqui rapidinho pra fazer um derradeiro convite a quem ainda não viu este espetáculo de alegria e emoção e pra dizer que a Danielle Magalhães pode chegar na bilheteria do teatro e dar seu nome, a cortesia sorteada pelo Boca estará te esperando, Dani!
Eu e todos os outros menestréis esperamos vocês esta noite! Aproveitem e chamem os amigos, familiares e divulguem em suas redes.
Beijos, e obrigada a todos que têm prestigiado e colaborado na divulgação!

terça-feira, 26 de julho de 2011

O sentido que não dorme

Eu e meus sonhos... Daria pra escrever um livro, robusto, com as peripécias que meus sonhos me aprontam, ou que eu apronto a eles... Quantos sonhos premonitórios, sonhos em que eu tenho a plena consciência de estar sonhando, sonhos em que eu própria tomo as rédeas dos acontecimentos e viro a roteirista de um filme fantástico onde tudo pode acontecer, sonhos pra lá de mirabolantes, seria história que não acabaria mais! Sempre fui muito ligada aos meus sonhos, aprendi técnicas pra não esquecê-los ao acordar, busco significado, em mim mesma, pra todos eles, gosto de contá-los e estudá-los. O misterioso mundo do inconsciente sempre exerceu fascínio sobre mim, e, por mais que eu leia sobre o assunto, existem constantemente milhares de perguntas sem resposta. Ainda ontem me aconteceu algo que pode vir tanto responder algumas perguntas quanto instigar ainda mais nossos questionamentos...


“A audição é o único sentido que não dorme.” Foi o que ouvi certa vez em uma palestra de um musicoterapeuta. Refletindo sobre a afirmação, lembrei-me das vezes em que os sons externos entravam em meus sonhos e interferiam em seu curso. Uma campainha tocando faz uma visita chegar em meu sonho, uma conversa na casa ao lado vira um programa de entrevistas na TV que acende de repente em meu sonho, o “pipipi” do despertador entra no inconsciente, essa minha fábrica de fantasia, e é transformado numa bela e rica sinfonia de violinos, flautas, celos, clarins, e acordar que é bom, nada! Essa eterna mania de música... ;) Pensei também nos comandos auditivos que nosso cérebro está condicionado a atender, mesmo dormindo, como um grito de “socorro” ou de “fogo”. Com exceção, claro, daqueles dorminhocos abençoados que não ouvem nem a casa caindo, nossos ouvidos normalmente ficam em alerta e nos acordam diante de tais chamados, porque foram ensinados, ao longo da vida, que gritos como esses sinalizam perigo, para nós mesmos ou para alguém próximo. Certa vez, eu, meus pais e meu sobrinho Giulio, na época com 3 aninhos, dormíamos no mesmo quarto. No meio da noite acordei com um grito feminino, longo e agudo. No início parecia um canto lírico, mas logo entendi que na verdade era um grito por socorro. Sentei na cama, assustada, e percebi que meus pais também haviam acordado. Discutimos rapidamente sobre a origem do grito e chegamos à conclusão de que vinha do quarto ao lado, onde hospedávamos uma amiga. Minha mãe se levantou, foi até lá e, depois de verificar que tudo não passava de um pesadelo da amiga, voltou mais calma. Só então reparamos juntos que Giulio nem se abalara com o grito e continuava dormindo na mesma posição, mesma serenidade. Provavelmente seus ouvidinhos de 3 anos ainda não haviam aprendido a reconhecer perigo num grito de “socorro”. Talvez sua audição tenha identificado o ruído, mas não o significado dele. E o que me aconteceu ontem também vem provar que esse bendito ouvido nunca dorme mesmo. E, com ele, parte da mente também não. Durante uma breve soneca da tarde, após algumas noites muito mal dormidas, comecei a sonhar e, de pano de fundo para as ações que se sucediam, o som de um violão. No sonho passei a dar atenção ao som; era uma música que meu pai, de verdade, vinha ouvindo com freqüência ultimamente, e no sonho era ele mesmo quem a tocava no cômodo ao lado. Ele dedilhava os acordes bonitos até o fim da música, mas estava faltando um, e ele repetia e repetia aquele mesmo trecho buscando descobrir o acorde que viria completar a harmonia. Então sugeri: “Sol!” Mas ele pareceu não me ouvir, continuou tocando, e a cada vez que passava por aquele mesmo trecho, arriscava um acorde, depois outro e outro, mas nenhum soava bem. Insisti: “É sol!” agora com a voz mais forte. E nada, ele me ignorava. Comecei a me irritar com aquelas tentativas dele de acordes a esmo, sem nem experimentar minha dica. “É SOOOOOOOOL!!!” passei a berrar. Nem assim, era inútil. Eu me levantei, talvez planejando ir até ele, mas a porta do cômodo estava fechada, e então eu a chutei bem forte, descarregando toda a minha raiva de não ser sequer ouvida. Desisti, fui para a cozinha, comi, bebi água, até que enfim acordei; lentamente fui me dando conta do corpo, da consciência, da nova realidade, da vigília, mas espera aí... algo não mudara, a trilha sonora ainda era a mesma. Meu pai realmente tocava a tal música ao violão no cômodo ao lado. E melhor: ele realmente tentava descobrir o acorde que faltava. Eu o chamei e, com gentileza, falei: “Pai, já experimentou um sol aí?” Agora sim ele podia me ouvir e acatou minha sugestão. Credo... Que esse meu “ouvido de tuberculoso”, como diz minha avó, pensa música o dia todo eu já sabia, mas até dormindo?! O acorde de sol maior era exatamente o que faltava. É, parece que nosso inconsciente é muito mais consciente do que pensamos. Não devemos nunca duvidar do seu poder e abrangência.


E, pra você, que está se perguntando desde o início do texto, como sonham os seres desprovidos da visão física, sim, nós podemos sonhar com imagens! Dizem alguns estudiosos que as pessoas que perdem a visão vão lentamente se esquecendo das imagens, e depois de alguns anos já não sonham mais com elas, e seus sonhos são feitos das mesmas sensações que experimentam durante o dia: audição, olfato, tato, paladar, assim como quem já nasceu sem enxergar. Meus sonhos são muito coloridos e vivos, e serão assim pra sempre! Como já provou o neurologista e especialista em assuntos da visão e da audição Oliver Sacks, é uma questão de escolha e de estímulo, e algumas pessoas conservam sim as imagens no inconsciente para o resto da vida. E, pra quem acredita na projeção da consciência, no desprendimento do espírito, enxergar durante o sono não é nada impossível, já que a deficiência pode afetar somente a matéria. O que sei é que os sonhos são uma extensão importante do nosso dia, uma parte fundamental da nossa vida, uma dimensão onde também vivemos, aprendemos, encontramos, descarregamos, renovamos, abrandamos. E eu vou continuar me perdendo e me achando nos mirabolantes labirintos da mente, nos caminhos circenses e cinematográficos da minha “vida noturna”.


Comentem e contem, se for contável ;), o sonho mais mirabolante que vocês já sonharam! Dia 29 o Boca no Mundo sorteará entre todos que comentarem 1 cortesia para a última sessão do musical Filhos do Brasil! Obaaa! Pra quem estiver longe de sampa, o prêmio é transferível; então, se você tiver um amigo ou parente na terra da garoa é só me dar o nome que a cortesia estará lá no teatro Dias Gomes esperando por ele! Aproveitem!


sábado, 2 de julho de 2011

Filhos do Brasil – Nova Temporada!


Elenco do musical Filhos do Brasil em silhueta no palco sobre um fundo iluminado de vermelho; cadeirantes lado a lado e atrás de cada cadeira um ator andante.
O público se emocionou, gargalhou, saiu de alma lavada e, claro, pediu mais! E é por isso que os FILHOS DO BRASIL estão de volta! A nova temporada do musical, um dos mais novos e premiados de Oswaldo Montenegro, acontece dentro do Festival dos Projetos Sociais da Oficina dos Menestréis, durante todo o mês de Julho no Teatro Dias Gomes em São Paulo. Filhos do Brasil está em cartaz às sextas-feiras, dias 8, 15, 22 e 29 deste mês, sempre às 21:00 h. A programação completa do festival vocês encontram no site da Oficina dos Menestréis.

O musical, que já foi apresentado pela nossa cia. Mix Menestréis em Dezembro de 2010 e Fevereiro de 2011, fala das diferentes misturas do nosso Brasil, passeando pelas regiões e seus diferentes estilos musicais, pelas etnias, por variadas emoções, com muita música, dança, poesia e surpreendentes interações de um elenco formado por atores cadeirantes, com deficiência visual, com outros tipos de deficiência física e sem deficiência, onde cadeiras de rodas, bengalas, muletas e quaisquer outros assessórios, deixam de ser somente auxílios na locomoção, eles se transformam em parte do cenário ou do figurino, em elementos artísticos e, às vezes, tornam-se até desnecessários.


Estrela - Ceci Yeda, atriz e bailarina cadeirante, dança sorridente e suspensa numa lira, sob luz delicada e fundo azul. Léo e Bia - Guilherme Rocha, ator cadeirante (tetraplégico) corre sorridente pelo palco em sua cadeira motorizada, levando Sara, também sorrindo, de pé na parte de trás da cadeira.


Venham, convidem seus amigos e familiares, ajudem a divulgar! Amigos de Volta Redonda e redondezas, como sempre, estamos programando a van; quem se interessar, entre em contato comigo. E amigos de sampa ou de qualquer lugar do Brasil, do continente, do planeta, do universo, que estejam de passagem ou férias pela terra da garoa, fiquem de olho no Boca porque vai rolar promoção valendo cortesias! Ingressos antecipados podem ser comprados comigo ou com qualquer integrante do elenco e saem a R$20,00(vinte reais). Na hora, os ingressos são mais caros e podem ser retirados na bilheteria do teatro. Então, garantam logo suas entradas e venham conhecer os Filhos do Brasil!


Temporada Filhos do Brasil – dias 8, 15, 22 e 29 de Julho, sextas-feiras, às 21:00h, teatro Dias Gomes – Rua Domingos de Moraes, 348, Vila Mariana, São Paulo, a 5 minutos do metrô Ana Rosa; ingressos antecipados a R$20,00 (vinte reais).